“Ratos”
Sol que queima o meu
rosto.
Eram os ratos que se
erguiam dos esgotos!
Pés sujos que me
pisavam,
Olhos cegos que me
olhavam,
Mãos atadas que me
agarravam,
Bocas caladas que me
xigavam.
Calem-se para sempre no
infinito,
Ou levem para bem longe
Esse meu grito!
*
Lavem os pés que me
pisam,
Clareiem os olhos que me
olham,
Falem às bocas que me xingam,
Desatem os nós das mãos
Que me agarram.
*
Venha matar esses ratos
Que se erguem dos
esgotos.
Apaguem também esse sol
Que queima o meu rosto!
Paulo R. Freitas Júnior.
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